Todos
os jornalistas são favoráveis ao Conselho?
- Não.
Como em qualquer instituição democrática, debatem-se as propostas e vence
a posição da maioria. Assim é também nos Congressos de Jornalistas.
Por
que tem tanto jornalista contrário?
-
A maioria dos jornalistas
que tem se
manifestado desconhece o projeto.
O
Conselho vai censurar a imprensa?
-
Não. Ele vai cuidar
dos registros
profissionais (como em qualquer conselho profissional) e da aplicação
do Código de Ética dos jornalistas.
Mas
precisa de um Conselho para cuidar do Código de Ética?
- Sim, porque
essa é a forma de torná-lo obrigatório para o exercício da profissão como
em outras categorias (advogados/as, médicos/as, psicólogos/as etc).
Ao
tornar o Código de Ética obrigatório, não se corre o risco de limitar o trabalho
jornalístico?
- Ao contrário.
Hoje, o/a jornalista que não concorda com uma ordem de seu patrão ou chefe
que fira a ética não tem a quem recorrer. O Conselho será uma proteção para
o profissional ético e responsável.
O
que diz o Código de Ética?
-
Essencialmente, três coisas: informação
é um direito
do cidadão; O jornalista
tem que checar
a informação
antes de divulgar; Em questões
controversas, todos os
lados têm que
ser ouvidos e suas
versões devem ser
divulgadas em
igualdade
de condições.
Por
que aparece tanta gente contra o Conselho na mídia?
-
Porque a mídia está
fazendo uma manipulação
ao dizer que:
é um assunto do interesse
do Governo (Não. É
de interesse da sociedade e dos jornalistas);
que significa
censura e compromete a liberdade
de imprensa (é
justamente o contrário:
visa garantir a divulgação
do contraditório com equilíbrio) e que
vai intimidar o
jornalista (visa garantir um
jornalismo responsável
e de boa qualidade).
A
principal atribuição do Conselho é punir os jornalistas?
-
Não. Ele vai emitir
o registro e
fiscalizar o cumprimento
da legislação profissional. Seu principal
objetivo é promover
uma cultura de
respeito ao Código de
Ética, coibindo os
abusos.
Qual
a finalidade do Conselho?
- Retirar do
Estado a atribuição de expedir os registros profissionais, hoje sob a
responsabilidade do Ministério
do Trabalho (através das
DRTs); velar pela
aplicação do código de
ética; colaborar
com o aperfeiçoamento dos cursos
de jornalismo; normatizar
o estágio.
A
população vai poder acionar o Conselho?
- Os Tribunais
de Ética dos Conselhos Regionais vão receber reclamações de qualquer pessoa
ou instituição que se sinta prejudicada por um jornalismo tendencioso. Como
em outros Conselhos, os/as jornalistas terão sempre garantido o amplo direito
de defesa. O Tribunal será formado por jornalistas idôneos e
representantes da sociedade
civil, todos eleitos pela
categoria.
O
Conselho vai dar muito poder a um pequeno grupo de jornalistas?
- Os/as conselheiros
serão eleitos/as por voto direto de todos os jornalistas registrados no país.
Por
que Conselho e não Ordem?
- A legislação
exige que as autarquias profissionais sejam estruturadas na forma de Conselhos,
que têm que prestar contas ao TCU. A única exceção é a OAB, que suspendeu
essa exigência, via STF.
A
FENAJ quer impor sua proposta?
- Ao contrário,
queremos que o projeto seja amplamente debatido e aprimorado.
Por
que as empresas estão contra?